3 de jun. de 2012

Livro de Habacuque - Antigo Testamento


"O Senhor, porém, está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra" (2:20)


Habacuque significa "abraço", e está incluso na subdivisão da Bíblia chamada de Profetas Menores, sendo um livro de apenas três capítulos.[3][4] Provavelmente tenha sido escrito no século V a.C..
Habacuque nos sugere que observava a sociedade judaica a partir do Templo, onde possivelmente servia como levita, isto é cantor, ornamentador, prontificador do templo ver Nm 3. 6-10, podemos notar o capítulo três de seu livro é uma canção, sendo que os últimos versos são considerados uma das maiores expressões de fé do Antigo Testamento.
O livro de Habacuque é diferente dos demais livros dos profetas em seu estilo literário, pois em momento algum há profecias contra esta ou aquela nação ou pessoa em particular, porém o que se pode ver é um diálogo entre o profeta e Deus. Entre seu texto há no capítulo dois a expressão: "O justo viverá da fé", que mais tarde inspiraria o apóstolo Paulo a escrever a mais teológica de suas cartas, a Carta aos Romanos, que posteriormente inspirou também Martinho Lutero na elaboração das 95 Teses "gatilho" da Reforma Protestante
O profeta Habacuc inicia o livro interrogando a Deus e pedindo socorro, pois está cansado de ver o seu país sofrer opressão violenta, onde a Lei enfraquece e o direito está distorcido (1:2-4). A resposta de Deus é a intervenção de um grande império, que deveria corrigir os desmandos (1:5-10). Isso, porém, não satisfaz o profeta, pois o invasor não vem para fazer justiça, mas para substituir uma opressão por outra pior (1:12-17).
Habacuc continua esperando uma resposta satisfatória de Deus. A resposta definitiva é dada, agora, com uma proposta diferente, mais difícil, que exige paciência, mas que não falha: "O justo viverá por sua fidelidade" (2:4). Com isso, os que sofrem as consequências da violência são chamados a ser agentes na história, opondo-se firmemente aos que não são corretos. Tal acontecerá somente se esse grupo for fiel ao projeto de Deus; se estiver permanentemente vigilante na realização da justiça.
No momento em que os injustiçados se descobrem não só como vítimas, mas principalmente como agentes de uma transformação na história, surgem a possibilidade e a coragem de desmascarar os opressores. Esse desmascaramento se realiza através da desmistificação de sua potência, até chegar ao cerne de sua fraqueza: são adoradores de ídolos mudos e inertes, que não podem vir socorrê-los no momento crucial.
A segunda profecia (2:5-20) contém cinco imprecações contra a opressão iníqua.
Descobrindo a fraqueza do opressor, é possível celebrar a sua queda e o surgimento de uma nova era, de um mundo novo. É a celebração do justo, em tom de lamentação, cheia de estremecimentos e temores, porém com uma certeza: a justiça um dia se tornará realidade, porque o Deus dos justos é o Deus vivo que age na história (3:1-19).
No quadro da doutrina Habacuc inova ao questionar por que Deus escolhe os bárbaros caldeus para exercer sua vingança.

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